Lula oficializa reajuste de 7,5% no salário mínimo; saiba o impacto e o novo valor
Nesta sexta-feira, 27 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que reajusta o salário mínimo. A medida foi anunciada pelo Palácio do Planalto e representa um passo importante para trabalhadores brasileiros que dependem desse índice como base salarial.
O novo valor do salário mínimo foi fixado em R$ 1.518, um aumento de 7,5% em relação aos atuais R$ 1.412. Isso equivale a um acréscimo de R$ 106. O decreto será publicado no Diário Oficial da União na próxima terça-feira, 31 de dezembro, e o reajuste entrará em vigor no dia 1º de janeiro, refletindo nos pagamentos de fevereiro.
O cálculo do aumento levou em consideração a inflação acumulada em 2024 e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A medida reforça o compromisso do governo em preservar o poder de compra dos trabalhadores, ajustando os valores de acordo com os índices econômicos mais recentes.
Na mesma data, Lula sancionou uma lei que altera os critérios de reajuste do salário mínimo a partir de 2025. Segundo a nova regra, o aumento real (acima da inflação) será limitado a um teto de 2,5%. Essa mudança visa alinhar os reajustes à política fiscal estabelecida pelo governo, que estará em vigor entre 2025 e 2030.
Caso a fórmula antiga fosse aplicada, o salário mínimo para 2025 seria de R$ 1.528. No entanto, com o teto de 2,5%, a nova regra prevê um reajuste R$ 10 menor. Essa política fiscal também estabelece que os gastos do governo poderão crescer de 0,6% a 2,5% acima da inflação, e os reajustes do salário mínimo seguirão esse mesmo limite.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a aplicação do teto deve gerar uma economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos. Essa projeção considera o impacto do salário mínimo nos benefícios previdenciários e sociais, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que são ajustados com base nesse valor.
Atualmente, o salário mínimo é referência para cerca de 54 milhões de brasileiros, incluindo 22,7 milhões que recebem benefícios vinculados a ele. Além disso, o aumento contribui para o crescimento do salário médio no país e estimula o poder de compra, gerando efeitos positivos na economia.
Estudos apontam que cada R$ 1 adicional no salário mínimo impacta os cofres públicos em R$ 392 milhões. Apesar disso, o reajuste também fomenta o consumo, impulsiona o mercado interno e melhora a qualidade de vida de milhões de famílias brasileiras.